Senado protege Aécio Neves e Temer se prepara para nova denúncia

O Senado decidiu esperar decisão do Supremo e adiou votação do afastamento de Aécio Neves. Com discursos inflamados sobre soberania e democracia Senadores também investigados na Lava Jato defenderam a impunidade para os detentores de mandato parlamentar, mas a prudência falou mais alto e eles vão esperar que o Supremo decida quais regras valem para o afastamento de um Senador.

A decisão de adiar a votação evita um agravamento da crise institucional entre os dois poderes..

Já no Palácio do Planalto o clima é de romaria do beija mão. Só na terça-feira mais de 50 deputados tiveram audiência com o Presidente Michel Temer, uns cobrando a fatura da primeira votação que enterrou a denúncia na Câmara, outros pedindo novos favores para garantir o mesmo destino para a votação da segunda denúncia que já está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados.

A escolha do relator da denúncia, o tucano Bonifácio de Andrada, aliado de Aécio Neves e um dos deputados mais próximos de Michel Temer causou constrangimento, principalmente dentro do PSDB, que exige a renúncia do relator.

O PSDB anda mesmo esquisito, o partido detém quatro ministérios, pertence á base aliada do governo, fatura verbas e cargos, mas metade da bancada vota contra Temer em flagrante contradição entre intenção e gesto.

As defesas do Presidente Michel Temer e dos ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco, foram apresentadas na CCJ. A estratégia consiste em atacar o ex-procurador geral da república Rodrigo Janot, afirmando que ele tem uma obsessão tipo canção da jovem guarda pelo Presidente: imoral, indecente e ilegal.

A previsão é de que o parecer do relator seja votado na CCJ na semana após o feriado de 12 de outubro.

E fechando a semana, a reforma política foi aprovada na Câmara dos Deputados, sancionada pelo Presidente vira Lei. Um bilhão e 800 milhões de reais vão sair do bolso do contribuinte para financiar campanhas eleitorais.

crédito: imagem web

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