E quem diria… O marimbondo pequenino botou fogo na palhoça É a sensação que se tem com o movimento dos caminhoneiros, que há uma semana paralisa o país.
Diferente de outros protestos, agora ninguém desfila com pato da FIESP ou pedindo: Fora Temer. Alguns gatos pingados, aqui e ali, pedem a intervenção dos militares. E já estão sendo atendidos! Neste final de semana as Forças Armadas começaram a desocupação das rodovias.
Silenciosa, a população apoia o movimento, mesmo com todos os transtornos provocados.
Quanto às autoridades, o que se vê é muita confusão. No começo da crise, ao invés de procurar uma solução, Temer anunciou a renúncia de sua candidatura à presidente em favor suspeitíssimo ex-funcionário da JBS, Henrique Meireles.
O Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, aprovou o fim do PIS e da Cofins, que representam um prejuízo de 13 bilhões para os cofres públicos. Maia se confundiu nos números e trocou 13 por 3 bilhões, que pena. Na terça-feira, o Senado se reunirá para derrubar a estabanada medida de Maia. Isso, se até lá o Presidente do Senado, Eunício Oliveira, já tiver voltado do Ceará, onde se refugiou; depois voltou; e desvoltou. Tudo com combustível de aviação pago pelo erário, é claro.
Com seu jeitão de capataz de Estância, Eliseu Padilha comandou as negociações e anunciou um acordo, onde ficaram de fora os caminheiros autônomos. E a greve continuou.
E tudo por causa do Pedro Parente, o Sr. Apagão – estão lembrados? É ele quem manobra para repassar os altos lucros da Petrobrás aos acionistas (na maioria estrangeiros), deixando a alta dos combustíveis para a população brasileira pagar. Por estas e outras, a maioria apóia em silêncio os caminhoneiros grevistas. Mas até quando?