O ex-deputado Rodrigo Rocha Loures se tornou réu do crime de corrupção passiva nesta segunda-feira. Ele é acusado pela Procuradoria Geral da República, de receber propinas do grupo J&F no valor de 500 mil reais em benefício do Presidente Michel Temer.
Segundo a denúncia, o dinheiro seria a primeira parcela de uma propina de R$ 38 milhões de reais, a ser paga ao longo de 9 meses, para que Temer interferisse em decisões do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a favor da J&F. Rocha Loures, ex-assessor especial do Presidente, ficou conhecido como “homem da mala”, ao ser flagrado pela Polícia Federal após ter recebido 500 mil reais (dentro de uma mala) de Ricardo Saud, do grupo J&F, a mando de Joesley Batista.
A denúncia foi aceita pelo juiz federal Jaime Travassos Sarinho, da 10ª Vara Federal de Brasília. O magistrado entendeu que a possibilidade jurídica do pedido é indiscutível, uma vez que os fatos narrados na denuncia constituem crimes. A denúncia inicialmente também incluía o Presidente Michel Temer, mas como a Câmara dos Deputados negou autorização para instauração de processo penal contra o Presidente da República, o processo foi desmembrado. Com a perda do foro privilegiado a ação contra Rocha Loures foi encaminhada para a primeira instância.
A Defesa de Loures entrou com um pedido de suspensão da ação, que foi negada pelo magistrado. Para Jaime Travassos há indícios suficientes de autoria e materialidade contra o acusado. Rocha Loures e Michel Temer negam as acusações.
Leia na íntegra a decisão do Juiz
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