A semana começa na Câmara com a leitura em plenário da nova acusação contra o Presidente Temer e seus dois ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco. A partir daí a denúncia é encaminhada à Comissão de Constituição e Justiça, onde será estabelecido o prazo de 10 dias para apresentação da defesa.
Mas o governo tem pressa quer liquidar essa fatura até a metade de outubro para retomar a votação da reforma da previdência.
Fundo Eleitoral com dinheiro público
No Senado o assunto é outro. Sem conseguir aprovar na Câmara o fundo de 3 bilhões e 600 milhões de reais de dinheiro público para campanhas eleitorais, o senado quer agora aprovar a criação de um outro fundo, e com valores ainda maiores.
Uma das propostas encabeçada pelo Presidente do Senado, Eunício Oliveira, candidato ao governo do Ceará, prevê a utilização de emendas parlamentares para financiar as campanhas.
Ou seja, o dinheiro destinado para obras regionais de infraestrutura nos estados e municípios, e para gastos com saúde, poderá ser parcialmente revertido para o fundo eleitoral, algo em torno de 2 bilhões e meio de reais.
A outra proposta, do Senador Ronaldo Caiado, é utilizar os recursos atualmente destinados às emissoras de rádio e TV para exibição da propaganda eleitoral, e formar um novo fundo, com valores estimados em 1 bilhão e meio de reais.
As duas propostas somam 4 bilhões de reais, um valor superior ao rejeitado na Câmara. Com os antigos patrocinadores na cadeia, os parlamentares querem manter suas campanhas milionárias pagas com dinheiro do contribuinte.
A matéria deve ser votada esta semana. E como a maioria dos Senadores são candidatos ou apoiam candidatos, fique muito atento, porque nesse ritmo de “farinha pouca, meu pirão primeiro” eles não terão o menor constrangimento de retirar recursos até da saúde para bancar campanhas eleitorais.
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